Dólar fecha a R$ 4,942, abaixo de R$ 5 pela primeira vez em 10 meses

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• A inflação nos EUA está abaixo do esperado. O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,1% no mês passado, desacelerando após um ganho de 0,4% em fevereiro, segundo dados divulgados hoje.

• “O CPI dos EUA veio benigno, a inflação está caindo e o Federal Reserve está pronto para aumentar as taxas de juros mais uma vez. Aqui no Brasil, o dólar foi exagerado devido a dúvidas sobre o governo. Agora vemos a moeda do norte – a América mais baixa .” 5 reais”, destacou José Faria Júnior, diretor da consultoria Wagner Investimentos.

• É vantajoso para estrangeiros investir no Brasil. “Como a taxa de juros dos EUA para em 5% ao ano e o Brasil tem uma taxa de 13,75% ao ano, a taxa de juros real ainda será muito alta. Por enquanto, ainda teremos um diferencial de câmbio muito alto”, acrescentou. .Faça Júnior.

• Esse diferencial de juros incentivou o fluxo de recursos para o Brasil. Isso contribui para a queda do dólar. Com expectativas positivas para o quadro, os investidores também retiraram os prêmios de risco de preço nas últimas semanas, o que se traduziu em um dólar mais baixo.

• Com a inflação abaixo do esperado, o Fed, banco central dos Estados Unidos, pode ser menos rígido em suas próximas decisões sobre taxa de juros. É o que diz Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest. Isso levou a uma queda nos futuros de taxas de juros dos EUA, que é a previsão do mercado de como as taxas de juros devem se comportar.

• Mas ainda há preocupações com a inflação. A ata do Fed publicada à tarde levantou dúvidas no mercado se realmente há espaço para uma queda nos juros.

• Já ontem, a moeda fechou no menor valor desde 10 de junho de 2022. O valor foi afetado pelos dados de inflação de março, que ficaram aquém das expectativas, além da alta de commodities como petróleo e minério de ferro no exterior.

• A inflação brasileira está desacelerando e o quadro fiscal é encorajador. Com a inflação de março abaixo do esperado pelos investidores, houve uma busca por ativos mais arriscados, como ações de empresas brasileiras, que favoreceram o real. O mercado também avalia que o novo quadro fiscal recém-introduzido pelo governo também reduz as chances de uma corrida da dívida pública.

• Avaliações positivas do novo quadro fiscal já vêm reduzindo a força do dólar frente ao real nas últimas semanas. Os investidores veem menos risco de a dívida pública sair do controle no Brasil.

(Com Reuters)

Fonte: UOL